Cheiro de Sal
Brisa do Mar
E não dizem que
viver não é preciso
O necessário, é navegar
Nas ondas grandes
Se a coragem te faltar
Iça as velas bem altas
Quase mesmo a voar
Em mares agitados
Segura firme o teu leme
Navega durante o dia
Já que a noite,
o homem teme
Se chegares em terra firme
Não te vá acostumar
Diz o ditado:
É preciso ter respeito pelo Mar
sorvendo palavras
É só chegar e experimentar...
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Dentro d'alma
Tenho cá dentro d'alma
A inocência da infância
A insensatez da adolescência
A arrogância dos que já passaram dos 30
Tenho cá dentro d'alma
Um amor negro, pardo,
desses bem brasileiros
Um amor destemido, justo e utópico
Um amor que fez semente
Fruto mais lindo me saiu do ventre
Tenho cá dentro d'alma
Um vazio transbordante
Um apertar afrouxante
Um disparar "silenciante"
Tenho cá dentro d'alma
A justiça justiceira
A igualdade desigual
A democracia social
Tenho cá dentro d'alma
Todos os paradoxos verbais
O avesso do desfecho
O tabu sem preconceito
O ilegal quase direito
A inocência da infância
A insensatez da adolescência
A arrogância dos que já passaram dos 30
Tenho cá dentro d'alma
Um amor negro, pardo,
desses bem brasileiros
Um amor destemido, justo e utópico
Um amor que fez semente
Fruto mais lindo me saiu do ventre
Tenho cá dentro d'alma
Um vazio transbordante
Um apertar afrouxante
Um disparar "silenciante"
Tenho cá dentro d'alma
A justiça justiceira
A igualdade desigual
A democracia social
Tenho cá dentro d'alma
Todos os paradoxos verbais
O avesso do desfecho
O tabu sem preconceito
O ilegal quase direito
A Moça
A Moça me fita
A Moça faz fita
É que ela acredita
Que roubou meu coração
A Moça adormece
O dia amanhece
E sei que roubou mesmo
Foi meu sono então
A Moça sorri
Sorri de faceira
É que ela já sabe
Que o café da manhã não está na mamadeira
A moça se apresenta no diminutivo
E pum é punzinho
Arroto, arrotinho
Mas choro... só Chorinho
A moça pra nós, só aumentativo
E beijo é beijão
Aperto, apertão
Amor, amorzão
Ela transforma até Bossa em Samba Canção...
Dezembro de 2012
A Moça faz fita
É que ela acredita
Que roubou meu coração
A Moça adormece
O dia amanhece
E sei que roubou mesmo
Foi meu sono então
A Moça sorri
Sorri de faceira
É que ela já sabe
Que o café da manhã não está na mamadeira
A moça se apresenta no diminutivo
E pum é punzinho
Arroto, arrotinho
Mas choro... só Chorinho
A moça pra nós, só aumentativo
E beijo é beijão
Aperto, apertão
Amor, amorzão
Ela transforma até Bossa em Samba Canção...
Dezembro de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Pra Catarina menina
Que ouça os meus compositores
Mas que tenha os seus
Que cante e batuque com os dedos
E mostre seus versos sem medo
Que seja pra sempre nossa menina
Que tire os sapatos pra dançar
Que seu riso seja tanto que lhe falte o ar
Que bagunce o meu cabelo, me embriague com seu cheiro
e me beije até cansar...
Mas que tenha os seus
Que cante e batuque com os dedos
E mostre seus versos sem medo
Que seja pra sempre nossa menina
Que tire os sapatos pra dançar
Que seu riso seja tanto que lhe falte o ar
Que bagunce o meu cabelo, me embriague com seu cheiro
e me beije até cansar...
terça-feira, 17 de abril de 2012
Impávido
Quando a serenidade vier bater em minha porta
Estará escancarada, sem pressa
Quando a tristeza provocar tremuras em minhas janelas
Estará cerrada, sem frestas
Porque o que é certo
é a serenidade me invadir e a tristeza me deixar
Porque agora tudo tem sentido
e nada faz sentido
E todos os meus sentidos se deitam sobre o meu ventre
Ventre, essa forte e impávida palavra
Dele brota minha mais longa e doce espera
Impávido, impávida, como a representação do ventre
Que venha: ele ou ela, destemidamente...
Estará escancarada, sem pressa
Quando a tristeza provocar tremuras em minhas janelas
Estará cerrada, sem frestas
Porque o que é certo
é a serenidade me invadir e a tristeza me deixar
Porque agora tudo tem sentido
e nada faz sentido
E todos os meus sentidos se deitam sobre o meu ventre
Ventre, essa forte e impávida palavra
Dele brota minha mais longa e doce espera
Impávido, impávida, como a representação do ventre
Que venha: ele ou ela, destemidamente...
quinta-feira, 1 de março de 2012
Meu Relicário de Aniversário
Eu avanço o calendário
Uns chamam aniversário
Olho o tempo que passa por mim
Há tempos não passo por ele
Descobri que não são meus os dias e as noites
Mas peço sinceramente que os meus dias sejam mais curtos e
minhas noites mais longas
Não controlo os ponteiros do relógio
Mas peço ternamente que congelem para estar com os que amo
e dedicar apenas poucos minutos ao trabalho no meu anuário
São pedidos, tão sinceros e ternos, típicos de quem fica mais velho...
Uns chamam aniversário
Olho o tempo que passa por mim
Há tempos não passo por ele
Descobri que não são meus os dias e as noites
Mas peço sinceramente que os meus dias sejam mais curtos e
minhas noites mais longas
Não controlo os ponteiros do relógio
Mas peço ternamente que congelem para estar com os que amo
e dedicar apenas poucos minutos ao trabalho no meu anuário
São pedidos, tão sinceros e ternos, típicos de quem fica mais velho...
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