quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Poesia de Botequim

Para quieto
Parafraseio
Para meus ídolos
Sem devaneio
Para você
Para mim
Para menino
Tem dó dessa rima ruim
Para inventar,
meu conselho:
comece pelo meio
e pule logo o fim
Na história da vida da gente
um enredo de verdade
só se dá desse jeitinho:
nós, sempre mocinhos
eles, sempre bandidos
Para quieto
Parafraseie
Para você
Para mim
Para menino
Tem dó dessa poesia de botequim.

Prosa Vadia

Me sobra alegria
Na falta de melancolia
Versos desaparecem,
com eles minha poesia
Não que a felicidade
me tome a inspiração
Minhas rimas não florescem
De tão sereno meu coração
Não há métrica na endorfina
Minha paz é rotineira
Nem soneto hoje combina
Escrever é quase um vício
Sem horário, dia certo,
promessa ou disciplina
Fico a despoetizar
Desinspiradamente
Desinfreadamente
uma prosa vadia...