quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Prosa Vadia

Me sobra alegria
Na falta de melancolia
Versos desaparecem,
com eles minha poesia
Não que a felicidade
me tome a inspiração
Minhas rimas não florescem
De tão sereno meu coração
Não há métrica na endorfina
Minha paz é rotineira
Nem soneto hoje combina
Escrever é quase um vício
Sem horário, dia certo,
promessa ou disciplina
Fico a despoetizar
Desinspiradamente
Desinfreadamente
uma prosa vadia...