quarta-feira, 26 de maio de 2010

Acalanto

É só topada
Qualquer “parada”
Ela é parada
Sem lenço, sem documento

Sem sorte, por esporte
Nasceu sem guarida
Sem tutor
Sem papas na língua

Não tem nenhum pudor
E tudo que é “zica”,
Coisa ruim, doença rara
Ela pega a distância

Laça “touro a unha”
Chora igual criança
Para os “normais”
Virose passa
Nela: avança!

Sem proteção, sem noção
Vai vivendo a vida
Tira de letra
Qualquer “treta”,
Faz careta

Tem pressa,
Faz promessa pra tudo que Santo
Diz que Deus mandou lembrança
E como um mantra
Seu sorriso de noite vira pranto,
Um lindo acalanto...