sexta-feira, 17 de julho de 2009

Poeminha da Saudade

...e há dias que acordo sentindo o cheiro do mar
Uma saudade imensa toma conta de mim
Me pergunto se é possível viver longe dele
O mar...
Achei que não conseguiria
Achei que olhar o horizonte e não vê-lo
Seria quase a morte
Mas dizem que antes de morrer deliramos
Será que o cheiro que sinto é delírio?
Acabo de descobrir que não tenho medo da morte
E como diria meu avô, um pescador de nascimento que nunca soube nadar,
Se a morte é descanso, eu prefiro viver cansada...
A paisagem do Cerrado cansa, é monótona
Não tem a cadência das ondas do mar
Mas aqui acho que encontrei um amor
Pra no seu colo deitar
E quando o tédio me toma
Esse amor insiste em me fazer sorrir
E quando penso que foi-se embora, embora o cheiro do mar
Uma outra manhã me desperta
Para ele de novo voltar
Continuo delirando?
Será a morte?
Penso no meu avô
Meu coração serena
Pulo da cama atrasada
E repito baixinho:
Se a morte é descanso, eu prefiro mesmo é viver cansada...

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